Monday, January 22, 2007

Robôs assassinos

Habituámo-nos ao papel de espécie superior do planeta. O aconteceria se, algum dia, aparecesse outra mais poderosa? E se fossem as nossas próprias máquinas?
Uma equipa de investigadores de Telavive (Israel) concebeu um computador programado com sistemas de inteligência artificial ao qual foi dado o nome de HAL. A novidade reside no facto de esta máquina poder aprender tal como o fazem as crianças humanas, isto é, através da observação do meio que a rodeia e do estímulo. HAL recebe diariamente, inputs de informação dos seus criadores. Lêem-lhe histórias, mostram-lhe objectos, ensinam-lhe canções… Aos 18 meses de vida, a máquina tem um vocabulário de cerca de 50 palavras e é capaz de completar frases, quase como uma criança verdadeira.
A inteligência artificial é, indiscutivelmente, uma disciplina do futuro. Mas alguns cientistas alertam para certos riscos. É sabido, na área da ecologia, que são poucas as espécies que conseguem sobreviver à competição com uma espécie superior que ocupe o seu próprio recanto. Foi isso o que aconteceu com o caranguejo dos rios ibéricos, que cedeu face à invasão do seu habitat, pelo mais poderoso congénere americano; está a ocorrer com algas com a posidónia mediterrânica, cada vez mais ameaçada, e já aconteceu Neandertais.
Poderá o mesmo vir a passar-se com o ser humano, se tiver de enfrentar seres (máquinas) mais inteligentes do que ele? O destino é uma caixa de surpresas, mas já existe um número considerável de cientistas que se aventuram a dizer que o futuro não terá necessidade de nós. Esperamos que seja um futuro muito longínquo.

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