Friday, January 12, 2007

Guerra Nuclear


Guerra nuclear, ou guerra atómica, é uma guerra na qual são usadas armas nucleares pelos vários lados em confronto.
Até 2006, só foram usadas armas nucleares em combate no final da II Guerra Mundial, nos bombardeamentos nucleares das cidades
japonesas de Hiroshima e Nagasaki, por apenas um dos lados – os Estados Unidos
.
As armas nucleares dos dias de hoje têm um poder destrutivo muito maior das usadas em Hiroshima e Nagasaki. O uso de armas nucleares nos dias de hoje, teriam consequências devastadoras para a humanidade e para o ambiente, não só para o país atacado, mas também para países neutros e até mesmo o país atacante.
O terrorismo é o principal factor que nos faz temer uma ameaça nuclear. De forma a ilustrar o quão catastrófico o uso de armas nucleares pode ser, vamos dar um exemplo de uma pequena bomba nuclear, que seria provavelmente utilizada por terroristas.

Ogiva nuclear terrorista rudimentar de 1 000 toneladas (1kt) de força explosiva:

Uma bomba nuclear rudimentar teria um poder destrutivo igual a 1 000 toneladas (1kiloton ou 1kt) de explosivos convencionais. De acordo com a informação cedida pelo Centro de Defesa dos EUA, se tal arma estivesse disponível aos bombistas do World Trade Center (em 1993), a maior parte de Manhattan, Brooklyn e State Island seriam literalmente varridas.
Se o centro de Nova Iorque fosse destruído, para além da devastação, a morte e ferimento de milhões de pessoas, iria destruir as seguintes instituições, causando o caos económico e social em todo o mundo:
· Sede das Nações Unidas;
· Grandes centros de comunicação: NBC, CBS, ABC, (etc.);
· Bolsa de Nova Iorque;
· Centros Bancários Mundiais, onde são movimentados biliões de dólares por dia;
· Centros de transportes para Nova Iorque, e para fora desta.

Os possíveis danos causados por terroristas devem ser olhados mais atentamente. Os EUA e o mundo não estão a dar a devida atenção a esta ameaça. O Centro de Defesa dos EUA, diz mesmo que a defesa está a ser ignorada pelo exército dos EUA. No seu orçamento de um quarto de trilião de dólares, grande parte está a ser usado para o fabrico de materiais para bombas nucleares, que podem ficar disponíveis a nações hostis e terroristas. Mas apenas um décimo de 1% desse orçamento está a ser usado para a defesa contra esta ameaça mortal.

Ogiva nuclear sofisticada 100 000 toneladas (100kt) de força explosiva:

Uma ogiva nuclear comum de um submarino nuclear dos EUA ou da Inglaterra tem uma força explosiva de 100 000 toneladas (100 kilotoneladas) de explosivos convencionais. Esta é uma força 100 vezes mais poderosa que a bomba descrita acima.
A Grã-Bretanha foi o país escolhido como exemplo para o que poderia acontecer se uma destas ogivas nucleares fosse usada por uma nação. Uma das razões que levaram a Grã-Bretanha a manter posse de armas nucleares é em caso de defesa contra ameaças exteriores, especialmente o Médio Oriente. Outra razão é como resposta a um ataque Nuclear ou Biológico ou ameaça dos mesmos.

Caos económico: se a Grã-Bretanha decidisse utilizar uma destas ogivas contra uma ameaça do Médio Oriente, a radioactividade poderia cair sobre zonas de extracção de petróleo. Se acontecesse, essa zona deixaria de ser usada para extracção. Se continuasse, quem é que iria comprar combustíveis radioactivos? Já que o Médio Oriente fornece ao mundo tão grande quantidade de petróleo, o decrescimento da produção causaria o caos económico.

Os agricultores Britânicos só produzem comida por eles mesmos para 12 milhões dos 56 milhões de habitantes Britânicos. Se então a Grã-Bretanha usasse uma destas ogivas teria graves consequências não só para a Grã-Bretanha, mas também para o mundo. Como é que os Britânicos se iriam alimentar se há pouco combustível para os meios que transportam os alimentos e a economia mundial está num estado de caos absoluto?

Algumas ogivas nucleares causam um pulso electromagnético (EMP). Um EMP pode viajar à velocidade da luz e abranger uma enorme área, e intensidade suficiente para destruir ou tornar pouco fiáveis todos os arquivos electrónicos financeiros de bancos e negócios, piorando o caos económico.

A radioactividade resultante de uma explosão nuclear pode cobrir uma grande área e permanecer nesta por muito tempo. O Centro de Defesa informou que na Guerra do Golfo Pérsico não era possível usar uma bomba nuclear sem envenenar com radiação os países pelos quais lutavam para proteger (Kuwait e Arábia Saudita) tal como as próprias tropas dos EUA e tropas aliadas.

Poluição ambiental: temos de perguntar isto a nós mesmos, “se uma bomba nuclear fosse usada para parar um ataque ou ameaça de ataque Biológico ou Químico, poderia a explosão atirar esses elementos venenosos para a atmosfera e fazer que estes aterrem pelo globo fora junto com a chuva radioactiva?” O Departamento de Defesa dos EUA reconheceu que milhares de veteranos da Guerra do Golfo Pérsico regressaram doentes, por terem sido expostos a um gás nervoso ou a químicos tóxicos, aquando da destruição das armas Iraquianas contendo estas toxinas. Também pode ter sido da poluição atmosférica dos incêndios em poços de petróleo. Então se estes elementos ainda lá existirem, a detonação de uma ogiva nuclear nessa zona teria consequências catastróficas.

Foi possível ver que uma ogiva nuclear de um destes submarinos pode causar uma enorme quantidade de danos e por uma vasta área, pois a maior parte dos danos não são necessariamente sofridos pela área alvo; estes estragos podem atravessar fronteiras nacionais e afectar gravemente o país que utilizou a bomba. E também muito preocupante, é que um só destes submarinos podem lançar até 128 destas ogivas nucleares, todas elas com alvos diferentes.

Uma guerra nuclear 100 000 000 toneladas (100 Megatoneladas) de força explosiva:


O uso de mil ogivas nucleares do mesmo tamanho (100kt), como as descritas acima, produziria uma força explosiva equivalente a 100 000 000 toneladas de dinamite (100 Megatoneladas). Se ogivas nucleares mais potentes forem usadas será necessário um número de ogivas menor para causar a mesma força destrutiva (100 Megatoneladas).
Uma força de explosão de 100 Megatoneladas produz uma boa ilustração da capacidade de chacina de uma nação. As bombas nucleares são mantidas por alguns países para sua defesa, no entanto uma explosão deste tamanho não é vantajosa para a nação que se está a defender; basicamente, é uma defesa que poderia resultar na aniquilação da nação em defesa, não faz qualquer sentido.

Inverno Nuclear: numa guerra em que fossem detonadas 100 Megatoneladas em baixo rendimento, explodiria o ar o que daria ignição a milhares de incêndios. O fumo proveniente destes incêndios seria suficiente para causar um Inverno Nuclear, escurecendo e arrefecendo a Terra, reduzindo as colheitas de produtos alimentares do mundo.

Terramotos e actividade vulcânica: os abalos constantes na crusta terrestre devido à detonação de mil ogivas nucleares, poderia aumentar consideravelmente a taxa de terramotos e da actividade vulcânica. No início dos anos 80, o mundo presenciou a sua mais intensa actividade vulcânica em 70 anos, com vulcões a entrar em erupção nos EUA, no México e na Indonésia. Por esta altura, muitos testes nucleares estavam a ser levados a cabo pelos EUA e a USSR. A explosão do Monte St. Helena, em 1980, foi a primeira erupção vulcânica nos EUA em 60 anos.

Em 1978, um terramoto matou 25 000 pessoas em Tabas no Irão. Trinta e seis horas antes do terramoto, a Rússia tinha testado uma grande bomba nuclear em Semipalatinsk, a cerca de 2 400 Km de distância. O terramoto Iraniano, foi superficial, tal como o teste Russo. O terramoto de Tabas foi diferente de qualquer outro terramoto natural, pois não houveram réplicas perceptíveis após o terramoto.

Em suma, pode ser visto que uma guerra nuclear que envolva detonações na ordem das 100 Megatoneladas pode aniquilar a nossa civilização e tornar o nosso planeta num mundo escuro, frio, poluído radiactivamente e com poucos sobreviventes.

Chacina nuclear: uma força explosiva de 100 Megatoneladas, mesmo tão espantosa quanto é, só representa uma pequena porção do poder nuclear destrutivo existente no planeta.
Já que só a humanidade pode destruir-se a si mesma, e uma chacina nuclear não tem qualquer interesse, mesmo assim gastam-se biliões de dólares em custos de manutenção de armas nucleares, que só aumentam o risco de serem usadas por terroristas, por acidente, erro humano ou uma qualquer má interpretação.

A Rússia tem uma força nuclear de 2 900 Megatoneladas, o que é suficiente para destruir a humanidade 29 vezes. Rússia a qual está em terríveis condições financeiras, e mesmo assim gasta vastas quantidades de dinheiro para manter ogivas nucleares estratégicas (7 150), que podem ser usadas sem se destruírem a si mesmos.

Os EUA têm uma força nuclear de 1 800 Megatoneladas, o que é suficiente para destruir a humanidade 18 vezes. Enquanto os EUA se debatem para reduzir o défice, gastam anualmente 27 biliões de dólares para manter ainda mais armamento nuclear (7 250), que também podem ser usados sem se destruírem a si mesmos.

A força nuclear do Reino Unido, França e China representa apenas uma pequena parte do poderio nuclear mundial, mesmo assim é suficiente para destruir o planeta várias vezes. Cada um destes países está a passar por grandes dificuldades para pagar as suas armas nucleares.

Estas estimativas do poder destrutivo nuclear não é bem o real, pois apenas inclui as armas nucleares estratégicas. Se armas tácticas fossem incluídas, a capacidade de destruição seria ainda maior.

Israel, a Índia, o Paquistão e o Irão também têm a capacidade de produzir e “entregar” armas nucleares. Conforme aumenta o alarmismo global de que o uso de armas nucleares é massivamente destrutivo, incluindo auto-destrutivo, esperamos então que também estes estados reavaliem a aptidão de manter um arsenal nuclear.

Bloqueio mental global: Porque é que a humanidade gasta enormes somas de dinheiro em produzir e manter armas nucleares que só servem para esta se auto-destruir? Num estudo recente, descobriu-se que tal comportamento irracional, deve-se a uma relutância mundial ao pensar sobre quais seriam as consequências se armas nucleares fossem usadas – um bloqueio mental.
Descobriu-se que virtualmente nada está a ser publicado em nenhum lugar do mundo sobre as consequências auto-destrutivas do uso de armas nucleares, apesar do perigo que representa para todos nós.

Um exemplo deste bloqueio mental foi recentemente divulgado pelo General Lee Butler (USAF, força aérea dos EUA; Reformado). Quando o General Butler se tornou líder do Comando Aéreo Estratégico dos Estados Unidos, foi ao quartel-general de Omaha, para inspeccionar 12 000 alvos da antiga União Soviética. Ele ficou chocado ao descobrir que dúzias de ogivas estavam apontadas a Moscovo (como uma vez em que estiveram apontadas a Washington D. C.). o General Butler disse que estavam completamente dessincronizados com a realidade. Os planeadores do Exército Americano não tinham qualquer compreensão do poder destrutivo das armas nucleares. Uma só ogiva nuclear poderia destruir uma grande cidade.

Enquanto que até é compreensível que as pessoas sejam relutantes ao pensar quão terríveis as armas nucleares podem ser, esta relutância tem permitido à espécie humana que esta se coloque em perigo de auto-aniquilação, e gastar uns 8 triliões de dólares no decurso da Era Nuclear a fazê-lo.

Conclusão: olhamos para as consequências de uma arma nuclear, desde níveis tão baixos como uma ogiva nuclear terrorista rudimentar até a uma guerra nuclear em escala completa. Até no nível mais baixo as consequências seriam inimaginavelmente graves, resultando potencialmente em milhões de mortos e caos social. Por isso, devemos actuar agora para prevenir que armas nucleares, ou material nuclear caia nas mãos de terroristas.



Também mostramos, que qualquer uso de uma arma nuclear por uma nação, é no mínimo um acto de autodestruição. Um ataque nuclear por uma nação, não só iria pôr o mundo à beira de uma guerra nuclear, o que também teria claramente consequências globais desastrosas, como que também iria pôr em perigo os nossos cidadãos simplesmente pelos estragos causados pela bomba nuclear no ambiente, na economia global e nas linhas de distribuição.

A conclusão óbvia, é que nós temos de agir depressa para obter um mundo livre de armas nucleares. Temos de ultrapassar esta relutância mundial face às terríveis consequências do uso de armas nucleares, aceitar a fragilidade das nossas vidas na Era Nuclear, e trabalhar para abolir todas as armas nucleares.

No passado:

A bomba de hiroshima



Mais de 60 anos após a tragédia que marcou a história do mundo, Hiroshima não deixa transparecer nenhuma lembrança daquele 6 de Agosto de 1945. Trata-se de uma cidade moderna, com árvores, prédios, pessoas e carros a circular, como em qualquer cidade desenvolvida. Porém esse cenário esconde, ainda hoje, efeitos da radioactividade em filhos e/ou netos de sobreviventes. Naquele dia, durante a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos da América utilizaram pela primeira vez a mais nova tecnologia bélica, a qual nem eles sabiam as suas terríveis consequências. O facto de Hiroshima estar situada entre vales faz-nos concluir que a cidade foi o alvo escolhido a fim de se avaliar os efeitos da tal nova arma, aliado ao facto de ser uma cidade sem nenhum antecedente de ataques durante a Guerra. Denominada ironicamente por "Little Boy", causou a morte de mais de 256 300 pessoas – a maioria (cerca de 90%) civis. Destruiu tudo num raio de até 2km de distância, devastando toda a vegetação e infra-estrutura da cidade. O barulho da explosão foi ouvido a quilómetros de distância. Os sobreviventes circulavam pela cidade sem saber ao certo o que havia acontecido. Áreas mais distantes também foram afectadas depois de uma chuva que possuía grande quantidade de radioactividade, contaminado rios, agricultura, plantações, lagos e as pessoas. Após alguns dias, os sobreviventes começaram a ser atendidos e levados para hospitais de outras províncias. Muitos, por falta de medicação adequada, acabaram por morrer lentamente e de forma agonizante. Anos após o ataque a cidade foi-se reconstruindo, e as imagens de terror apagadas das paisagens. Mas as lembranças deixadas ficarão para sempre na história. Foi construído um parque eternizando os acontecimentos com monumentos de desejos pela paz mundial: O Parque da Paz.
Hoje, Hiroshima é uma das cidades que mais atraem turistas no Japão não somente apelando pelo propósito da paz mundial mas também pelo acervo cultural, como os existentes no Castelo de Hiroshima.

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