Friday, January 26, 2007

Problemas Ambientais

Ao longo da história da Terra, houve mudanças climatéricas com efeitos devastadores para a vida. Qual será a próxima?Nas madrugadas de Verão, com um pouco de sorte e tendo a mente e o céu desanuviados, podemos acordar com a visão da estrela da manhã: Vénus. O que parece, aos nossos olhos, uma belíssima estrela, é na realidade um planeta inerte, esmagado por uma atmosfera densa e carregada de anidrido carbónico. O efeito de estufa que produz sobre o planeta faz com que este atinja, sem dificuldade, temperaturas de até 470 graus. Consegue imaginar-se a viver ali? Pois nem vale a pena tentar: com temperaturas semelhantes, a vida não é possível.
Alguns cientistas colocaram a possibilidade de se utilizar Vénus como modelo para o que poderia acontecer na Terra se continuarmos a aumentar as emissões de gases com efeito de estufa para a atmosfera sem qualquer tipo de controlo. Felizmente, esse futuro já não parece possível, mas as mudanças climatéricas, naturais ou induzidas pelo homem, constituem uma ameaça a ter permanentemente em consideração.
A realidade é que a Terra nem sempre foi um paraíso de clima ameno, e também não há garantias de que o seja para sempre.
As seis consequências do Aquecimento Global
O Árctico está a derreter
A cobertura de gelo da região no verão diminuiu ao ritmo constante de 8% há três décadas. Em 2005, a camada de gelo foi 20% menor em relação à de 1979, uma redução de 1,3 milhão de quilómetros quadrados, o equivalente à soma dos territórios da França, da Alemanha e do Reino Unido. No entanto, no Hemisfério Sul, durante os últimos 35 anos, o derretimento apenas aconteceu em cerca de 2% da Antártida; nos restantes 98%, houve um esfriamento e a IPPC estima que a massa da neve deverá aumentar durante este século. É de notar igualmente que no período quente da Idade Média também não havia gelo no Ártico e havia quintas dos Viking na Gronelândia.
Os furacões estão cada vez mais fortes
Devido ao aquecimento das águas, a ocorrência de furacões das categorias 4 e 5 (os mais intensos da escala), dobrou nos últimos 35 anos.
O Brasil na rota dos ciclones
O litoral sul do Brasil foi varrido por um forte ciclone em 2004.

O nível do mar subiu

A elevação desde o início do século passado está entre 10 e 25 centímetros. Em certas áreas litorais, como algumas ilhas do Pacífico, isso significou um avanço de 100 metros na maré-alta. Actualmente, o painel intergovernamental de mudança climática estima que o nível das águas poderá subir entre 14 e 43 cm até o fim deste século. Estudos recentes parecem indicar que, contrariamente ao que antes se pensava, o aumento das taxas de CO2 na atmosfera não está a provocar nenhuma aceleração na taxa de subida do nível do mar.

Os desertos avançam

O total de áreas atingidas por secas dobrou em trinta anos. Um quarto da superfície do planeta é agora de deserto. Só na China, as áreas desérticas avançam 10.000 quilómetros quadrados por ano, o equivalente ao território do Líbano.

Já se contam os mortos

A Organização das Nações Unidas estima que 150.000 pessoas morrem anualmente por causa de secas, inundações e outros factores relacionados directamente com o aquecimento global. Estima-se que em 2030, o número dobrará.

Monday, January 22, 2007

Robôs assassinos

Habituámo-nos ao papel de espécie superior do planeta. O aconteceria se, algum dia, aparecesse outra mais poderosa? E se fossem as nossas próprias máquinas?
Uma equipa de investigadores de Telavive (Israel) concebeu um computador programado com sistemas de inteligência artificial ao qual foi dado o nome de HAL. A novidade reside no facto de esta máquina poder aprender tal como o fazem as crianças humanas, isto é, através da observação do meio que a rodeia e do estímulo. HAL recebe diariamente, inputs de informação dos seus criadores. Lêem-lhe histórias, mostram-lhe objectos, ensinam-lhe canções… Aos 18 meses de vida, a máquina tem um vocabulário de cerca de 50 palavras e é capaz de completar frases, quase como uma criança verdadeira.
A inteligência artificial é, indiscutivelmente, uma disciplina do futuro. Mas alguns cientistas alertam para certos riscos. É sabido, na área da ecologia, que são poucas as espécies que conseguem sobreviver à competição com uma espécie superior que ocupe o seu próprio recanto. Foi isso o que aconteceu com o caranguejo dos rios ibéricos, que cedeu face à invasão do seu habitat, pelo mais poderoso congénere americano; está a ocorrer com algas com a posidónia mediterrânica, cada vez mais ameaçada, e já aconteceu Neandertais.
Poderá o mesmo vir a passar-se com o ser humano, se tiver de enfrentar seres (máquinas) mais inteligentes do que ele? O destino é uma caixa de surpresas, mas já existe um número considerável de cientistas que se aventuram a dizer que o futuro não terá necessidade de nós. Esperamos que seja um futuro muito longínquo.

Friday, January 19, 2007

Buraco Negro

Parece pertencer ao domínio dos filmes de ficção científica. Mas até que ponto é remota a possibilidade de sermos engolidos por um buraco negro?O cenário não poderia ser mais aterrador: uma equipa de astrónomos acaba de anunciar a descoberta de um estranho fenómeno. Uma força de gravitação poderosíssima está a produzir distorções nas fontes de luz mais próximas da nossa galáxia.
De imediato, os peritos lançam uma explicação definitiva: um buraco negro aproxima-se do nosso sistema planetário. Será que isto é possível? É muito improvável, mas temos de nos lembrar de que se suspeita da existência, só na nossa galáxia, de milhões de sumidouros deste tipo. Se um deles resolvesse encaminhar-se para a nossa vizinhança, o destino não poderia ser mais cruel. Como é evidente, não poderíamos ver as goelas do inimigo, mas a sua influência seria patente.
Em primeiro lugar, detectaríamos a sua aproximação na distorção das radiações que nos chegariam das estrelas que fosse devorando. Depois, no espaço que nos rodeia: é possível que começássemos por ver os planetas vizinhos a modificar as respectivas órbitas antes de serem eles próprios engolidos.
Seria o último passo antes do nosso próprio desaparecimento, para além das fronteiras do tempo e do espaço. Embora, na realidade, não assistíssemos a nada. Muito antes de chegarmos a tão extraordinária sobremesa, o nosso planeta teria sido expulso da sua órbita.

Monday, January 15, 2007

Uma bomba cósmica

As explosões de raios gama são perigosas, abundantes e devastadoras. Mas estão muito longe. Apenas a distância nos salva dos seus efeitos catastróficos.Neste preciso momento, em algum ponto do cosmos, é muito provável que esteja a produzir-se uma explosão de raios gama, possivelmente a mais poderosa fonte de energia de todo o universo. Felizmente, o facto regista-se a tal distância do nosso planeta que os seus efeitos são imperceptíveis, mesmo para os olhos dos mais sensíveis e precisos instrumentos astronómicos.
As explosões raio gama (conhecidas como GBR, a sigla inglesa) constituem uma fonte de radiação misteriosa e fascinante. Os cientistas pouco sabem sobre as suas origens, embora conheçam bem os respectivos efeitos. Podem durar apenas alguns minutos, mas durante esse tempo a luz e mais brilhante que o fulgor de todas as estrelas do espaço juntas.
Suponhamos que um acontecimento desta natureza se produz a mil anos-luz da Terra. Nesse caso, o brilho da explosão seria dez vezes maior que o Sol ao meio-dia, e os raios X e gama emitidos destruiriam por completo a camada de ozono da atmosfera terrestre. Se, no entanto o cataclismo se verificasse a 300 anos-luz, o feixe de radiações varreria todo o Sistema Solar, acabando de uma penada com qualquer tipo de vida terrestre.

Morte do Sol

A má noticia: o Sol, em dado momento, terá de se apagar. E, quando o fizer, é possível que se transforme numa mortífera supernova.
A boa: faltam 5000 milhões de anos.


Nesta imagem, a lua contempla a longínqua explosão da estrela Betelgeuse, convertida em supernova. Trata-se de uma supergigante vermelha que habita na constelação de Orion. Os cientistas acreditam que se encontra nos derradeiros momentos da sua vida, e que uma cena como esta poderá estar iminente. Desta vez, o nosso planeta e o seu satélite estarão a salvo. Mas o mesmo não acontecerá se for o Sol a decidir deixar-nos pela mesma via. Algo que, seguramente, não é improvável.
A catástrofe deverá ocorrer dentro de cerca 5000 milhões de anos. Nessa altura, a nossa estrela terá esgotado todo o seu combustível interno de hidrogénio e projectará para o espaço circundante a respectiva matéria inerte, na forma de uma imensa explosão. Consoante o tamanho alcançado pelo astro-rei durante este período, a explosão poderá afectar os Planetas incluindo a Terra, de duas maneiras. Ou seremos literalmente engolidos pela deflagração, tal como o resto do Sistema Solar, ou então um impacto directo apenas atingirá Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol.
No entanto, esta segunda possibilidade também não nos coloca a salvo, pois o aumento das temperaturas e as alterações produzidas nas órbitas dos dois planetas que se encontram mais próximos do Sol serão suficientes para acabar com qualquer ser vivo terrestre, se ainda houver algum por essa altura.

Friday, January 12, 2007

Guerra Nuclear


Guerra nuclear, ou guerra atómica, é uma guerra na qual são usadas armas nucleares pelos vários lados em confronto.
Até 2006, só foram usadas armas nucleares em combate no final da II Guerra Mundial, nos bombardeamentos nucleares das cidades
japonesas de Hiroshima e Nagasaki, por apenas um dos lados – os Estados Unidos
.
As armas nucleares dos dias de hoje têm um poder destrutivo muito maior das usadas em Hiroshima e Nagasaki. O uso de armas nucleares nos dias de hoje, teriam consequências devastadoras para a humanidade e para o ambiente, não só para o país atacado, mas também para países neutros e até mesmo o país atacante.
O terrorismo é o principal factor que nos faz temer uma ameaça nuclear. De forma a ilustrar o quão catastrófico o uso de armas nucleares pode ser, vamos dar um exemplo de uma pequena bomba nuclear, que seria provavelmente utilizada por terroristas.

Ogiva nuclear terrorista rudimentar de 1 000 toneladas (1kt) de força explosiva:

Uma bomba nuclear rudimentar teria um poder destrutivo igual a 1 000 toneladas (1kiloton ou 1kt) de explosivos convencionais. De acordo com a informação cedida pelo Centro de Defesa dos EUA, se tal arma estivesse disponível aos bombistas do World Trade Center (em 1993), a maior parte de Manhattan, Brooklyn e State Island seriam literalmente varridas.
Se o centro de Nova Iorque fosse destruído, para além da devastação, a morte e ferimento de milhões de pessoas, iria destruir as seguintes instituições, causando o caos económico e social em todo o mundo:
· Sede das Nações Unidas;
· Grandes centros de comunicação: NBC, CBS, ABC, (etc.);
· Bolsa de Nova Iorque;
· Centros Bancários Mundiais, onde são movimentados biliões de dólares por dia;
· Centros de transportes para Nova Iorque, e para fora desta.

Os possíveis danos causados por terroristas devem ser olhados mais atentamente. Os EUA e o mundo não estão a dar a devida atenção a esta ameaça. O Centro de Defesa dos EUA, diz mesmo que a defesa está a ser ignorada pelo exército dos EUA. No seu orçamento de um quarto de trilião de dólares, grande parte está a ser usado para o fabrico de materiais para bombas nucleares, que podem ficar disponíveis a nações hostis e terroristas. Mas apenas um décimo de 1% desse orçamento está a ser usado para a defesa contra esta ameaça mortal.

Ogiva nuclear sofisticada 100 000 toneladas (100kt) de força explosiva:

Uma ogiva nuclear comum de um submarino nuclear dos EUA ou da Inglaterra tem uma força explosiva de 100 000 toneladas (100 kilotoneladas) de explosivos convencionais. Esta é uma força 100 vezes mais poderosa que a bomba descrita acima.
A Grã-Bretanha foi o país escolhido como exemplo para o que poderia acontecer se uma destas ogivas nucleares fosse usada por uma nação. Uma das razões que levaram a Grã-Bretanha a manter posse de armas nucleares é em caso de defesa contra ameaças exteriores, especialmente o Médio Oriente. Outra razão é como resposta a um ataque Nuclear ou Biológico ou ameaça dos mesmos.

Caos económico: se a Grã-Bretanha decidisse utilizar uma destas ogivas contra uma ameaça do Médio Oriente, a radioactividade poderia cair sobre zonas de extracção de petróleo. Se acontecesse, essa zona deixaria de ser usada para extracção. Se continuasse, quem é que iria comprar combustíveis radioactivos? Já que o Médio Oriente fornece ao mundo tão grande quantidade de petróleo, o decrescimento da produção causaria o caos económico.

Os agricultores Britânicos só produzem comida por eles mesmos para 12 milhões dos 56 milhões de habitantes Britânicos. Se então a Grã-Bretanha usasse uma destas ogivas teria graves consequências não só para a Grã-Bretanha, mas também para o mundo. Como é que os Britânicos se iriam alimentar se há pouco combustível para os meios que transportam os alimentos e a economia mundial está num estado de caos absoluto?

Algumas ogivas nucleares causam um pulso electromagnético (EMP). Um EMP pode viajar à velocidade da luz e abranger uma enorme área, e intensidade suficiente para destruir ou tornar pouco fiáveis todos os arquivos electrónicos financeiros de bancos e negócios, piorando o caos económico.

A radioactividade resultante de uma explosão nuclear pode cobrir uma grande área e permanecer nesta por muito tempo. O Centro de Defesa informou que na Guerra do Golfo Pérsico não era possível usar uma bomba nuclear sem envenenar com radiação os países pelos quais lutavam para proteger (Kuwait e Arábia Saudita) tal como as próprias tropas dos EUA e tropas aliadas.

Poluição ambiental: temos de perguntar isto a nós mesmos, “se uma bomba nuclear fosse usada para parar um ataque ou ameaça de ataque Biológico ou Químico, poderia a explosão atirar esses elementos venenosos para a atmosfera e fazer que estes aterrem pelo globo fora junto com a chuva radioactiva?” O Departamento de Defesa dos EUA reconheceu que milhares de veteranos da Guerra do Golfo Pérsico regressaram doentes, por terem sido expostos a um gás nervoso ou a químicos tóxicos, aquando da destruição das armas Iraquianas contendo estas toxinas. Também pode ter sido da poluição atmosférica dos incêndios em poços de petróleo. Então se estes elementos ainda lá existirem, a detonação de uma ogiva nuclear nessa zona teria consequências catastróficas.

Foi possível ver que uma ogiva nuclear de um destes submarinos pode causar uma enorme quantidade de danos e por uma vasta área, pois a maior parte dos danos não são necessariamente sofridos pela área alvo; estes estragos podem atravessar fronteiras nacionais e afectar gravemente o país que utilizou a bomba. E também muito preocupante, é que um só destes submarinos podem lançar até 128 destas ogivas nucleares, todas elas com alvos diferentes.

Uma guerra nuclear 100 000 000 toneladas (100 Megatoneladas) de força explosiva:


O uso de mil ogivas nucleares do mesmo tamanho (100kt), como as descritas acima, produziria uma força explosiva equivalente a 100 000 000 toneladas de dinamite (100 Megatoneladas). Se ogivas nucleares mais potentes forem usadas será necessário um número de ogivas menor para causar a mesma força destrutiva (100 Megatoneladas).
Uma força de explosão de 100 Megatoneladas produz uma boa ilustração da capacidade de chacina de uma nação. As bombas nucleares são mantidas por alguns países para sua defesa, no entanto uma explosão deste tamanho não é vantajosa para a nação que se está a defender; basicamente, é uma defesa que poderia resultar na aniquilação da nação em defesa, não faz qualquer sentido.

Inverno Nuclear: numa guerra em que fossem detonadas 100 Megatoneladas em baixo rendimento, explodiria o ar o que daria ignição a milhares de incêndios. O fumo proveniente destes incêndios seria suficiente para causar um Inverno Nuclear, escurecendo e arrefecendo a Terra, reduzindo as colheitas de produtos alimentares do mundo.

Terramotos e actividade vulcânica: os abalos constantes na crusta terrestre devido à detonação de mil ogivas nucleares, poderia aumentar consideravelmente a taxa de terramotos e da actividade vulcânica. No início dos anos 80, o mundo presenciou a sua mais intensa actividade vulcânica em 70 anos, com vulcões a entrar em erupção nos EUA, no México e na Indonésia. Por esta altura, muitos testes nucleares estavam a ser levados a cabo pelos EUA e a USSR. A explosão do Monte St. Helena, em 1980, foi a primeira erupção vulcânica nos EUA em 60 anos.

Em 1978, um terramoto matou 25 000 pessoas em Tabas no Irão. Trinta e seis horas antes do terramoto, a Rússia tinha testado uma grande bomba nuclear em Semipalatinsk, a cerca de 2 400 Km de distância. O terramoto Iraniano, foi superficial, tal como o teste Russo. O terramoto de Tabas foi diferente de qualquer outro terramoto natural, pois não houveram réplicas perceptíveis após o terramoto.

Em suma, pode ser visto que uma guerra nuclear que envolva detonações na ordem das 100 Megatoneladas pode aniquilar a nossa civilização e tornar o nosso planeta num mundo escuro, frio, poluído radiactivamente e com poucos sobreviventes.

Chacina nuclear: uma força explosiva de 100 Megatoneladas, mesmo tão espantosa quanto é, só representa uma pequena porção do poder nuclear destrutivo existente no planeta.
Já que só a humanidade pode destruir-se a si mesma, e uma chacina nuclear não tem qualquer interesse, mesmo assim gastam-se biliões de dólares em custos de manutenção de armas nucleares, que só aumentam o risco de serem usadas por terroristas, por acidente, erro humano ou uma qualquer má interpretação.

A Rússia tem uma força nuclear de 2 900 Megatoneladas, o que é suficiente para destruir a humanidade 29 vezes. Rússia a qual está em terríveis condições financeiras, e mesmo assim gasta vastas quantidades de dinheiro para manter ogivas nucleares estratégicas (7 150), que podem ser usadas sem se destruírem a si mesmos.

Os EUA têm uma força nuclear de 1 800 Megatoneladas, o que é suficiente para destruir a humanidade 18 vezes. Enquanto os EUA se debatem para reduzir o défice, gastam anualmente 27 biliões de dólares para manter ainda mais armamento nuclear (7 250), que também podem ser usados sem se destruírem a si mesmos.

A força nuclear do Reino Unido, França e China representa apenas uma pequena parte do poderio nuclear mundial, mesmo assim é suficiente para destruir o planeta várias vezes. Cada um destes países está a passar por grandes dificuldades para pagar as suas armas nucleares.

Estas estimativas do poder destrutivo nuclear não é bem o real, pois apenas inclui as armas nucleares estratégicas. Se armas tácticas fossem incluídas, a capacidade de destruição seria ainda maior.

Israel, a Índia, o Paquistão e o Irão também têm a capacidade de produzir e “entregar” armas nucleares. Conforme aumenta o alarmismo global de que o uso de armas nucleares é massivamente destrutivo, incluindo auto-destrutivo, esperamos então que também estes estados reavaliem a aptidão de manter um arsenal nuclear.

Bloqueio mental global: Porque é que a humanidade gasta enormes somas de dinheiro em produzir e manter armas nucleares que só servem para esta se auto-destruir? Num estudo recente, descobriu-se que tal comportamento irracional, deve-se a uma relutância mundial ao pensar sobre quais seriam as consequências se armas nucleares fossem usadas – um bloqueio mental.
Descobriu-se que virtualmente nada está a ser publicado em nenhum lugar do mundo sobre as consequências auto-destrutivas do uso de armas nucleares, apesar do perigo que representa para todos nós.

Um exemplo deste bloqueio mental foi recentemente divulgado pelo General Lee Butler (USAF, força aérea dos EUA; Reformado). Quando o General Butler se tornou líder do Comando Aéreo Estratégico dos Estados Unidos, foi ao quartel-general de Omaha, para inspeccionar 12 000 alvos da antiga União Soviética. Ele ficou chocado ao descobrir que dúzias de ogivas estavam apontadas a Moscovo (como uma vez em que estiveram apontadas a Washington D. C.). o General Butler disse que estavam completamente dessincronizados com a realidade. Os planeadores do Exército Americano não tinham qualquer compreensão do poder destrutivo das armas nucleares. Uma só ogiva nuclear poderia destruir uma grande cidade.

Enquanto que até é compreensível que as pessoas sejam relutantes ao pensar quão terríveis as armas nucleares podem ser, esta relutância tem permitido à espécie humana que esta se coloque em perigo de auto-aniquilação, e gastar uns 8 triliões de dólares no decurso da Era Nuclear a fazê-lo.

Conclusão: olhamos para as consequências de uma arma nuclear, desde níveis tão baixos como uma ogiva nuclear terrorista rudimentar até a uma guerra nuclear em escala completa. Até no nível mais baixo as consequências seriam inimaginavelmente graves, resultando potencialmente em milhões de mortos e caos social. Por isso, devemos actuar agora para prevenir que armas nucleares, ou material nuclear caia nas mãos de terroristas.



Também mostramos, que qualquer uso de uma arma nuclear por uma nação, é no mínimo um acto de autodestruição. Um ataque nuclear por uma nação, não só iria pôr o mundo à beira de uma guerra nuclear, o que também teria claramente consequências globais desastrosas, como que também iria pôr em perigo os nossos cidadãos simplesmente pelos estragos causados pela bomba nuclear no ambiente, na economia global e nas linhas de distribuição.

A conclusão óbvia, é que nós temos de agir depressa para obter um mundo livre de armas nucleares. Temos de ultrapassar esta relutância mundial face às terríveis consequências do uso de armas nucleares, aceitar a fragilidade das nossas vidas na Era Nuclear, e trabalhar para abolir todas as armas nucleares.

No passado:

A bomba de hiroshima



Mais de 60 anos após a tragédia que marcou a história do mundo, Hiroshima não deixa transparecer nenhuma lembrança daquele 6 de Agosto de 1945. Trata-se de uma cidade moderna, com árvores, prédios, pessoas e carros a circular, como em qualquer cidade desenvolvida. Porém esse cenário esconde, ainda hoje, efeitos da radioactividade em filhos e/ou netos de sobreviventes. Naquele dia, durante a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos da América utilizaram pela primeira vez a mais nova tecnologia bélica, a qual nem eles sabiam as suas terríveis consequências. O facto de Hiroshima estar situada entre vales faz-nos concluir que a cidade foi o alvo escolhido a fim de se avaliar os efeitos da tal nova arma, aliado ao facto de ser uma cidade sem nenhum antecedente de ataques durante a Guerra. Denominada ironicamente por "Little Boy", causou a morte de mais de 256 300 pessoas – a maioria (cerca de 90%) civis. Destruiu tudo num raio de até 2km de distância, devastando toda a vegetação e infra-estrutura da cidade. O barulho da explosão foi ouvido a quilómetros de distância. Os sobreviventes circulavam pela cidade sem saber ao certo o que havia acontecido. Áreas mais distantes também foram afectadas depois de uma chuva que possuía grande quantidade de radioactividade, contaminado rios, agricultura, plantações, lagos e as pessoas. Após alguns dias, os sobreviventes começaram a ser atendidos e levados para hospitais de outras províncias. Muitos, por falta de medicação adequada, acabaram por morrer lentamente e de forma agonizante. Anos após o ataque a cidade foi-se reconstruindo, e as imagens de terror apagadas das paisagens. Mas as lembranças deixadas ficarão para sempre na história. Foi construído um parque eternizando os acontecimentos com monumentos de desejos pela paz mundial: O Parque da Paz.
Hoje, Hiroshima é uma das cidades que mais atraem turistas no Japão não somente apelando pelo propósito da paz mundial mas também pelo acervo cultural, como os existentes no Castelo de Hiroshima.