Monday, November 13, 2006

Impacto cataclísmico

Meteoritos

Um meteoro é uma raia luminosa de luz no céu (ou uma "estrela cadente") produzida pela entrada de um meteoróide pequeno na atmosfera da Terra. Se estiver num local com céu escuro e limpo provavelmente verá alguns por hora numa noite comum; durante uma das chuvas de meteoros anuais pode chegar a ver até 100/hora. Meteoros muito luminosos são conhecidos como bolas de fogo.
Os meteoritos são restos da formação do sistema solar que caem na Terra. A maioria vem de asteróides, incluindo alguns que se acredita terem vindo especificamente de 4 Vesta; e alguns que provavelmente vêm de cometas. Um número pequeno de meteoritos descobertos concluiu-se serem de origem Lunar (23 achados) ou Marciana (22).
Um número muito grande de meteoróides entra na atmosfera da Terra todos os dia chegando a mais de cem toneladas de material. Mas eles são quase todos muito pequenos, só algumas miligramas cada. Só os maiores alcançam a superfície e se tornam meteoritos. O maior meteorito já achado (Hoba, na Namíbia) pesa 60 toneladas.


O meteoróide comum entra na atmosfera entre 10 e 70 km/sec. Mas todos até os muito maiores são rapidamente desacelerados para algumas centenas de km/hora pela fricção atmosférica e atingem a superfície da Terra com muito pouco estrago. Porém meteoróides maiores que algumas centenas de toneladas não vêm a sua velocidade ser muito reduzida; só estes grandes (e felizmente raros) fazem crateras.
Um bom exemplo do que acontece quando um asteróide pequeno bate na Terra é a Cratera de Barringer (também conhecida como a Cratera do meteoro) perto de Winslow, Arizona. Foi formada por um meteoro férreo há aproximadamente 50,000 anos atrás, tinha cerca de 30-50metros de diâmetro. A cratera tem 1200metros de diâmetro e 200metros de profundidade. Foram identificadas aproximadamente 120 crateras de impacto na Terra.

Um mais recente impacto aconteceu em 1908 numa região despovoada remota da Sibéria ocidental conhecida como Tunguska . O objecto tinha aproximadamente 60metros de diâmetro e provavelmente consistia de muitos pedaços levemente agrupados. Em contraste com o evento da Cratera de Barringer, o objecto Tunguska desintegrou-se completamente antes de bater no chão e assim nenhuma cratera foi formada. Entretanto, todas as árvores foram derrubadas numa área de 50quilômetros. O som da explosão foi ouvido em Londres.
Há provavelmente pelo menos 1000 asteróides maiores que 1km de diâmetro que cruzam a órbita da
Terra. Um destes atinge em média a Terra pelo menos uma vez a cada um milhão de anos. Os maiores são menos numerosos e os impactos são menos frequentes, mas quando acontecem, têm consequências desastrosas.
O impacto de um cometa ou asteróide com o tamanho de Hephaistos ou SL9 que bateu na Terra foi provavelmente o responsável há 65 milhões de anos atrás pela extinção dos dinossauros. Deixou uma cratera de 180km agora enterrada debaixo da selva perto de Chicxulub na Península de Iucatã (direita).
Cálculos baseados no número observado de asteróides sugerem que nós deveríamos esperar aproximadamente 3 crateras de 10km ou mais a ser formada na Terra a cada milhão de anos. Isto está bem de acordo com os registros geológicos. É mais difícil de computar a frequência de grandes impactos como o Chicxulub mas uma vez a cada 100 milhões de anos parece uma suposição razoável.

Asteróides


Como no filme Armagedon, as consequências do impacto de um asteróide seriam desastrosas. Um asteróide dessa envergadura pode ter um poder de devastação da mesma magnitude que 65.000 bombas de Hiroshima. A força libertada pelo impacto poderia dizimar toda a superfície terrestre.Claro que o alarmismo não deve ser disseminado, já que as possibilidades do impacto com nosso planeta não sejam preocupantes. As probabilidades são de 1 em 6.250, mesmo assim uma probabilidade suficientemente grande para que os cientistas se preocupem e comecem a pensar na importância do provável choque.Em 1998, foi feita uma petição formal à NASA para identificar até 2008 pelo menos 90% dos asteróides que tivessem mais de um quilómetro de diâmetro e que viessem a cruzar a órbita da terra em algum momento. Esta tarefa está 75% completa. A verdade é que as propostas do congresso norte-americano são as mais peculiares, chegando a discutir-se no ano passado soluções como pôr canhões de lasers na Lua, utilizar um sistema de atracção gravitacional (que ninguém sabe o que é, seguramente o produto da imaginação de um louco qualquer), naves que "capturem" o asteróide de alguma maneira e também a já tradicional forma à Hollywood: energia nuclear em forma de bomba.A última vez que ocorreu algo parecido com um possível impacto futuro foi em 1908, há quase 100 anos, quando um asteróide com 70metros de diâmetro explodiu a mais de 4quilómetros de altura (segundo se especula) libertando energia equivalente entre 10 e 15 milhões de toneladas de TNT, e varrendo literalmente da face da Terra mais de 60 milhões de árvores (e todo o resto de vida animal e vegetal da zona). Ocorreu perto de Tunguska, Sibéria.
Mesmo pequenos são destrutivos:
Não é necessário que seja um corpo muito grande.Qualquer objecto com um diâmetro superior a 15 quilómetros que colidisse com a Terra esmagaria, sem contemplações toda a vida do planeta.Uma equipa de cientistas norte-americanos acaba de publicar, na revista Nature, a possível confirmação de algo que já era objecto das teorias dos astrónomos desde há algum tempo: a Lua nasceu em consequência do impacto catastrófico de um protoplaneta sobre a Terra jovem, há cerca de 4 500 milhões de anos.A notícia coloca-nos diante de um dos destinos que o nosso planeta, mais tarde ou mais cedo, poderá ter de enfrentar. Sabemos que o universo próximo está repleto de objectos cujas órbitas se poderiam cruzar com a da Terra no momento mais inoportuno. Parece uma carambola cósmica difícil de acontecer, mas bastas olhar para as “cicatrizes” de nossa vizinha Lua (que não são outra coisa que restos de milhares de impactos), ou para as crateras Terrestres como a de Chicxilub, no lucatão, para perceber que os berlindes do Universo chocam com demasiada assiduidade.O mais preocupante é que não é necessário um pedregulho de impressionantes dimensões para dar cabo de nós a nível planetário. A extinção da quase totalidade das espécies que habitam actualmente a Terra poderia produzir-se através do impacto de um meteorito de apenas 15 quilómetros de diâmetro de diâmetro, uma pedrinha insignificante, a nível planetário, que faria a temperatura atmosférica subir até limites incompatíveis com a vida.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home